sexta-feira, 11 de maio de 2012

Até quando agente vai viver a ilusão?
Até quando o nosso amor vai morar numa canção?
O meu coração pequeno já parou de esperar
Quando é que agente vai parar de se machucar?
Quando é que você vai começar a me enxergar
Até onde o meu amor vai poder te alimentar
Você é a minha ausência a razão do meu querer
Você é tudo que sinto e não sei explicar
Eu quero o teu amor sem direção
Sem regras e rancor sem condição
Eu quero flutuar sobre você
eu quero teu amor
Vem pra mim
Ah e quantos sonhos sem realizar
Quantos desejos presos no olhar
Quantas vezes te chamei na mais fria solidão
Quantas promessas ditas sem pensar
Quantos momentos perdidos no ar
Quantas vezes eu pensei não ouvir meu coração

Querido Bem.

Querido Bem.
 Espero que após sua recaída infernal, você tenha tomado algum juízo, além de vinho e veneno. E tomara que toda essa extravagância não tenha atacado a tua gastrite. Confesso que fiquei surpresa ao abrir a caixa do correio e ver uma carta com teu nome no remetente. Aqui é verão, o calor aquece tudo a sua volta, inclusive meu coração. Estou voando feito borboleta, as cores do arco-íris embelezam minhas tardes. O céu tem um azul celeste divino, a noite faz coro com meus pensamentos e sob a luz da lua, brindo à vida. Ah, quanto ao teu pedido, ficarei olhando para o céu de cetim, onde muitas vezes mergulhei entre as nuvens de gelo. Pode ter certeza, faço isso sempre. Foi dessa forma que redescobri o segredo de ser feliz independente de qualquer dor ou desamor. Meus lábios costumam abrir um sorriso todas as manhãs e ao anoitecer eu danço com as estrelas. Não pense que foi fácil resistir a tudo. Hoje resisto e existo sem você. Não, eu não estou sendo fria, irônica ou insensível. É que hoje em dia meu coração escuta a voz da razão. É Bem, você ficou muito tempo do outro lado do mundo, enquanto eu criava histórias e melodias, você partia. Aos trancos eu me acostumei. A saudade eu já matei. O que resta são lembranças de um tempo que não volta. E quanto ao pedido de perdão, acalme tua alma. Eu não tenho o poder de absolver ninguém. Mas, sinta-se perdoado, se é este teu desejo. E voe feito pássaro, para longe…(Jú Fuzetto)